No jornalismo, os cinegrafistas sofrem todo o tipo de discriminação e preconceito. Eles são os “negros” da nossa classe. Não gostamos de reconhecer as nossas próprias injustiças. Em alguns casos, a autonomia ou liberdade profissional dos cinegrafistas deve ser “vigiada”. Essa semana, ao pesquisar o tema, me deparei com esse exemplo de paternalismo e discriminação em relação ao papel do cinegrafista no telejornalismo:
As imagens são o principal na composição da matéria do repórter. Elas vão dar suporte à narrativa cronológica do acontecimento (off). Uma observação: estar atento à captação de imagens, não quer dizer que o cinegrafista deva ser "vigiado" ou "orientado" pelo repórter. Não se pode esquecer que ele é um profissional com talento suficiente para conduzir a captação de imagens. Além disso, o cinegrafista tem o mesmo objetivo do repórter: registrar o acontecimento e fazer com que ele chegue ao ar sem problemas.
Perceberam? É preciso recomendar aos alunos de telejornalismo que cinegrafista não deve ser vigiado ou orientado. Essas recomendações parecem muito com as recomendações que as donas de casa costumam fazer sobre suas empregadas domésticas.
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