O preconceito intelectual de alguns jornalistas em relação aos colegas da linha de frente
Uma profissão à espera de reconhecimento bombardeios nas torres gêmeas, guerra no Iraque, Tremor na África , o suplício da ave morrendo pelo derramamento de óleo no estado unidos, seqüestro em Santo André.Imagens que ficam para sempre em nossa memória. Imagens, marcantes ou não, são a essência, a razão de ser da televisão que está em todos os lares, em todas as partes. Imagens que não nascem do nada, não são registradas ao acaso por "apertadores de botão". Elas são frutos do trabalho, da persistência, da coragem e da sensibilidade dos homens de frente da TV e Jornal: Os repórteres cinematográficos e repórter fotográficos. Uma boa reportagem de TV não depende, necessariamente, de um repórter, produtor ou editor; um documentário pode ser uma aula de jornalismo sem um apresentador, mas em televisão, nada existe sem o registro do repórter cinematográfico.
A importância deles, no entanto, está longe de ser reconhecida pelas chefias e, até, por muitos colegas de jornalismo que nada seriam sem a fita cheia de vida e verdade que os cinegrafistas trazem religiosamente para as redações. Em vez de serem estimulados a participar da discussão da pauta que irão cumprir cada vez mais os cinegrafistas são afastados das redações, desestimulados a participarem do processo. O motivo pode ser algum destes: pressa, desinteresse da chefia, falta de hábito ou confiança. O que fica velado, escondido muitas vezes, é o preconceito intelectual de alguns jornalistas em relação aos colegas da "linha de frente", repórteres cinematográficos forjados pela entre aspas "faculdade da vida", sem chance de discutir teoria nos caros bancos universitários.
Com mais de 20 anos de jornal eu falo com experiência: Nenhuma das boas (podem não ser muitas..) reportagens que foram feitas existiriam sem que, do outro lado, estivessem um grande repórter cinematográficos ou repórter fotográfico. Exemplos, não faltam: o cinegrafista Louro, Iran Andrade, Wagner Santos, josé Alves Filho, Moises Saba, Assis Fernandes,Francisco Gilásio e outros, passaram por várias situações, mas não deixaram de registrar momentos difíceis; invasores de terras do Alto da Felicidade, fome e miséria. Não perdeu o foco enquanto e nem choravam ao registrar a fome das crianças. Em situações como estas, repórteres e cinegrafistas são mais que irmãos: partilham do mesmo pulsar de coração.
Na década de 80 (oitenta), as equipes de externa eram compostas de 5 (cinco) pessoas, hoje, no máximo por três; muitas vezes só pelo cinegrafista e pelo repórter. Há 20 anos, o salário dos bons cinegrafistas eram os mesmos dos repórteres; hoje não chegam à metade. E a imagem continua sendo o único item imprescindível na TV. De minha parte, reforço o agradecimento aos companheiros e amigos cinegrafistas de jornadas duras e quase nunca reconhecidas e me atrevo a sugerir, aos jovens companheiros jornalistas, que procurem conhecer um pouco mais o colega jornalista cinematográfico que está ao lado; ele certamente tem muito a acrescentar no trabalho de hoje e em experiência profissional para o resto da vida. TV sempre foi e será um trabalho de equipe.
A importância deles, no entanto, está longe de ser reconhecida pelas chefias e, até, por muitos colegas de jornalismo que nada seriam sem a fita cheia de vida e verdade que os cinegrafistas trazem religiosamente para as redações. Em vez de serem estimulados a participar da discussão da pauta que irão cumprir cada vez mais os cinegrafistas são afastados das redações, desestimulados a participarem do processo. O motivo pode ser algum destes: pressa, desinteresse da chefia, falta de hábito ou confiança. O que fica velado, escondido muitas vezes, é o preconceito intelectual de alguns jornalistas em relação aos colegas da "linha de frente", repórteres cinematográficos forjados pela entre aspas "faculdade da vida", sem chance de discutir teoria nos caros bancos universitários.
Com mais de 20 anos de jornal eu falo com experiência: Nenhuma das boas (podem não ser muitas..) reportagens que foram feitas existiriam sem que, do outro lado, estivessem um grande repórter cinematográficos ou repórter fotográfico. Exemplos, não faltam: o cinegrafista Louro, Iran Andrade, Wagner Santos, josé Alves Filho, Moises Saba, Assis Fernandes,Francisco Gilásio e outros, passaram por várias situações, mas não deixaram de registrar momentos difíceis; invasores de terras do Alto da Felicidade, fome e miséria. Não perdeu o foco enquanto e nem choravam ao registrar a fome das crianças. Em situações como estas, repórteres e cinegrafistas são mais que irmãos: partilham do mesmo pulsar de coração.
Na década de 80 (oitenta), as equipes de externa eram compostas de 5 (cinco) pessoas, hoje, no máximo por três; muitas vezes só pelo cinegrafista e pelo repórter. Há 20 anos, o salário dos bons cinegrafistas eram os mesmos dos repórteres; hoje não chegam à metade. E a imagem continua sendo o único item imprescindível na TV. De minha parte, reforço o agradecimento aos companheiros e amigos cinegrafistas de jornadas duras e quase nunca reconhecidas e me atrevo a sugerir, aos jovens companheiros jornalistas, que procurem conhecer um pouco mais o colega jornalista cinematográfico que está ao lado; ele certamente tem muito a acrescentar no trabalho de hoje e em experiência profissional para o resto da vida. TV sempre foi e será um trabalho de equipe.
José Alves Filho
Pres. da arfoc-Pi
Repórter Fotográfico do JMN
Pres. da arfoc-Pi
Repórter Fotográfico do JMN
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